Guia completo para viajar de ônibus pelo Peru: rotas longas, ônibus confortáveis e dicas para mochileiros
Viajar pelo Peru de ônibus é quase um rito de passagem mochileiro. É barato, relativamente confortável se você escolher bem a empresa e, principalmente, permite ver como o país muda: do deserto costeiro aos Andes, do Pacífico à selva. Mas tem um detalhe que muita gente só percebe quando senta na poltrona: o Peru é enorme. Não estamos falando de viagens de 3 ou 4 horas. Muitos trajetos passam fácil das 10, 15 ou até 20 horas.
Neste guia vamos fazer aquilo que todo mundo gostaria de ter antes do primeiro ônibus longo no Peru:
Explicar como funciona o sistema de ônibus de longa distância no país.
Mostrar tempos aproximados de viagem entre as principais cidades, usando uma tabela de referência.
Contar como é viajar com boas empresas, com Wi-Fi a bordo, comida incluída e assentos que quase viram cama.
Recomendar companhias formais, bem avaliadas e com muitos reviews, como Cruz del Sur, Civa, Oltursa, além dos ônibus hop-on hop-off Peru Hop e Bolivia Hop.
Compartilhar dicas de segurança e conforto para aguentar viagens de mais de 20 horas sem passar perrengue desnecessário.
A ideia é te ajudar a planejar um roteiro realista, sem aquele susto de “como assim Lima – Cusco são 21 horas… se tudo der certo?” 😅
1. Por que vale a pena viajar de ônibus pelo Peru?
Mesmo com a popularização dos voos internos, para mochileiros o ônibus ainda é o rei do transporte no Peru. E faz sentido.
1.1. É mais barato e mais flexível
Em rotas longas como Lima–Cusco, Lima–Arequipa ou Lima–Piura, um ônibus noturno confortável costuma ser bem mais barato do que um voo, e ainda economiza uma diária de hostel. Se você viaja com orçamento apertado, é quase obrigatório considerar o ônibus.
Além disso, sistemas hop-on hop-off como o Peru Hop permitem comprar um passe flexível e subir e descer em várias cidades ao longo do caminho, em vez de comprar bilhetes separados.
1.2. Você vê o país de verdade
Entre Lima e Arequipa você passa do caos da capital para o deserto infinito da costa. Entre Arequipa e Puno, cruza paisagens andinas, com lhamas e vicunhas. No norte, entre serra e selva, aparecem vales verdes, cânions e montanhas cobertas de vegetação.
De avião você vê nuvens. De ônibus você vê o Peru real: mercados na beira da estrada, povoados perdidos, paradas improvisadas, vendedores entrando com comida e aquele pôr do sol absurdo pela janela.
1.3. Os ônibus peruanos podem ser bem confortáveis
Quando você escolhe boas empresas, não está entrando em qualquer coisa:
Poltronas que reclinam 160° ou quase 180°, ótimas para dormir.
Wi-Fi a bordo em muitas rotas.
Entretenimento básico ou telas individuais em alguns serviços.
Refeições e snacks incluídos nos níveis mais completos.
Você mesmo já viu isso: em alguns ônibus com assentos cama, dá para dormir melhor do que em muito quarto compartilhado. Mas isso só acontece quando você escolhe empresas formais e confiáveis, não qualquer ônibus baratinho que aparece na rodoviária.
2. Distâncias e tempos: o Peru é maior do que parece
No mapa, Lima e Cusco nem parecem tão longe… até você ver o tempo de viagem: o ônibus pode levar por volta de 21 a 24 horas, e se tiver obras, trânsito ou problemas na estrada, pode ser ainda mais.
Usando a tabela de tempos como base, estes são valores aproximados, em condições normais. Use sempre como referência, nunca como promessa.
3. Rotas clássicas de ônibus pelo sul do Peru
O sul é a região mais popular entre mochileiros: o famoso roteiro Lima – Huacachina – Nazca – Arequipa – Puno – Cusco, e às vezes esticando até Tacna, na fronteira com o Chile.
3.1. Da costa ao deserto: Lima, Huacachina/Ica e Nazca
Cidades-chave: Lima, Huacachina/Ica, Nazca
Tempos aproximados:
Lima – Huacachina/Ica: cerca de 4 horas
Lima – Nazca: cerca de 6 horas
Huacachina/Ica – Nazca: cerca de 3 horas
É uma forma tranquila de começar a viagem por terra. Muita gente sai de Lima de manhã, chega em Huacachina na hora do almoço, passa uma noite curtindo o oásis e o sandboard, e segue no dia seguinte para Nazca para ver as famosas linhas do alto.
Se você ficar alguns dias em Lima antes de cair na estrada, vale se hospedar em Miraflores: é uma região segura, com vida noturna e relativamente perto de vários pontos de saída de ônibus. Um hostel bem localizado e social, como o Pariwana Lima, facilita tanto o deslocamento até os terminais quanto fazer amizade com outros viajantes:
👉 https://www.pariwana.com/es/hostels/lima/
3.2. Nazca – Arequipa – Puno – Cusco: entrando nos Andes
Aqui começam os trajetos mais longos e as curvas de montanha.
Nazca – Arequipa: cerca de 9 horas
Nazca – Puno: cerca de 15 horas (geralmente com conexão em Arequipa)
Lima – Arequipa: cerca de 15 horas
Huacachina/Ica – Arequipa: cerca de 12 horas
Arequipa é uma das melhores paradas do sul: clima seco, boa comida, arquitetura colonial e acesso fácil ao Cañón del Colca. A partir dali, muita gente segue para o altiplano:
Arequipa – Puno: cerca de 5 horas
Arequipa – Cusco: cerca de 6 horas
Puno – Cusco: em torno de 15 horas, dependendo da empresa e das paradas
Se você continua em direção à fronteira com o Chile:
Lima – Tacna: cerca de 20 horas
Arequipa – Tacna: cerca de 6 horas
Puno – Tacna: cerca de 10 horas
Tacna é a porta de entrada para Arica (Chile). Se não estiver com pressa, é bem melhor dividir essas distâncias em mais de uma noite de viagem.
3.3. A pedreira: Lima – Cusco
No papel, o trecho Lima – Cusco leva cerca de 21 horas de ônibus. Na prática – tanto pela sua experiência quanto pela de muitos mochileiros – não é raro chegar a 24 horas ou mais, mesmo sem grandes problemas na estrada.
É uma rota de serra: altitude, curvas, precipícios. Por isso, muitos guias e recomendações oficiais sugerem evitar ônibus noturnos muito baratos nessa região e dar preferência a empresas mais estruturadas, com frota nova e motoristas treinados.
👉 Dica sincera: se você não curte estrada de montanha ou não quer encarar tantas horas seguidas, uma boa estratégia é voar entre Lima e Cusco e usar ônibus para o resto do roteiro (Lima–Ica–Nazca–Arequipa, Cusco–Puno, etc.).
3.4. Cusco – Puerto Maldonado
Na nota da tabela aparece o tempo aproximado para Cusco – Puerto Maldonado: cerca de 10 horas.
Esse trecho conecta os Andes com a borda da Amazônia peruana. É uma viagem linda, mas também com muitas curvas e mudanças de clima:
Saída do frio e da altitude de Cusco.
Chegada ao calor úmido de Puerto Maldonado.
Use roupas em camadas, escolha uma empresa séria e se prepare para paisagens bem diferentes pelo caminho.
Se você usa Cusco como base para Machu Picchu e Vale Sagrado, ficar em um hostel central e social como o Pariwana Cusco facilita bastante para organizar tours e ônibus de longa distância:
👉 https://www.pariwana.com/es/hostels/cusco/
4. Rotas de ônibus pelo norte do Peru: praia, serra e selva
O norte do Peru é perfeito para quem busca praia, surf e natureza verde. As distâncias seguem longas, mas o clima costuma ser mais amigável do que nos trechos andinos do sul.
4.1. Lima – Huaraz, Trujillo, Chiclayo
Tempos aproximados:
Lima – Huaraz: cerca de 8 horas
Lima – Trujillo: cerca de 10 horas
Lima – Chiclayo: cerca de 12 horas
Huaraz é a base para a Cordillera Blanca, trilhas e lagunas de altitude. Trujillo e Chiclayo misturam sítios arqueológicos (Chan Chan, Senhor de Sipán) com comida norteña deliciosa.
Entre essas cidades:
Huaraz – Trujillo: cerca de 9 horas
Trujillo – Chiclayo: cerca de 3 horas
São trajetos relativamente tranquilos, mas não subestime o ar-condicionado: os ônibus adoram deixar o interior gelado, então leve um casaco.
4.2. Cajamarca e Chachapoyas
Aqui a viagem volta a ser mais andina, com subidas, descidas e estradas de serra.
Lima – Cajamarca: cerca de 13 horas
Lima – Chachapoyas: cerca de 22 horas
Huaraz – Cajamarca: cerca de 16 horas
Trujillo – Cajamarca: cerca de 7 horas
Chiclayo – Cajamarca: cerca de 6 horas
Trujillo – Chachapoyas: cerca de 12 horas
Chiclayo – Chachapoyas: cerca de 9 horas
Chachapoyas é a base para visitar Kuelap, a cachoeira de Gocta e outros lugares incríveis da selva alta. De lá:
Chachapoyas – Tarapoto: aproximadamente 4 horas de estrada.
Como são estradas de serra e selva, vale reforçar: escolha empresas formais, conhecidas e bem avaliadas.
4.3. Rumo a Máncora e às praias do norte
Se o seu foco é sol e mar, é bem provável que o roteiro inclua Máncora, uma das praias mais famosas do Peru.
Tempos aproximados:
Lima – Máncora: cerca de 18 horas
Huaraz – Máncora: cerca de 17 horas
Trujillo – Máncora: cerca de 8 horas
Chiclayo – Máncora: cerca de 5 horas
Cajamarca – Máncora: cerca de 11 horas
Chachapoyas – Máncora: cerca de 14 horas
De novo: o mapa engana. Lima – Máncora é praticamente metade da costa do país. Muita gente prefere quebrar o trajeto dormindo em Trujillo ou Chiclayo antes de seguir para a praia.
5. Empresas de ônibus recomendadas (e como escolher bem)
Aqui entra com força a sua experiência: nem todo ônibus é igual. A sua principal recomendação é simples e direta:
O mais importante é usar empresas formais, bem avaliadas e com muitos reviews.
Vamos ver as principais opções e os diferenciais de cada uma.
5.1. Peru Hop: ônibus hop-on hop-off entre Lima e Cusco
O Peru Hop é um sistema de ônibus hop-on hop-off pensado para viajantes. Eles operam principalmente entre Lima e Cusco, com paradas em Paracas, Huacachina, Nazca, Arequipa e Puno.
O que o Peru Hop oferece?
Você compra um passe flexível e pode subir e descer em diferentes cidades ao longo de alguns dias ou semanas.
Paradas em lugares menos turísticos (miradores, povoados, pequenas atrações) que os ônibus públicos ignoram.
Guias a bordo, em espanhol e inglês, que explicam o trajeto, dão dicas de hostels e passeios e ajudam na logística.
Em muitos casos, pick-up e drop-off direto no seu hostel ou hotel, evitando o estresse da rodoviária.
Um clima bem social, cheio de outros mochileiros.
Para quem viaja sozinho ou não fala bem espanhol, o Peru Hop acaba sendo uma opção bem prática e segura para percorrer o sul do país.
5.2. Bolivia Hop: continuando para a Bolívia
Se o seu roteiro inclui a Bolívia, o Bolivia Hop funciona no mesmo esquema no trecho Puno – Copacabana – La Paz e em outras rotas.
É um sistema hop-on hop-off que ajuda principalmente com cruzar a fronteira: horários pensados para passar de dia, guias ajudando com formulários, câmbio e carimbos. Tudo isso tira muito estresse de quem nunca cruzou uma fronteira terrestre na América do Sul.
5.3. Cruz del Sur: a clássica empresa de ônibus peruana
A Cruz del Sur é provavelmente a empresa de ônibus de longa distância mais famosa do Peru, usada por peruanos e estrangeiros.
Ela opera muitas das principais rotas e oferece níveis de serviço diferentes, desde o mais econômico até poltronas mais largas, com maior reclinação e refeições incluídas.
Pontos fortes:
Rede grande de destinos (Lima–Cusco, Lima–Arequipa, Lima–Máncora, Lima–Trujillo, entre outros).
Vários tipos de serviço, incluindo semi-cama e assentos quase cama em alguns ônibus.
Terminais próprios em diversas cidades, aumentando a sensação de segurança e organização.
Como em qualquer empresa grande, as experiências variam conforme o trecho e a data. Por isso, vale olhar avaliações recentes para a rota específica que você pretende fazer.
5.4. Civa e Oltursa: boas alternativas
Outras duas empresas bastante conhecidas são:
Civa, com categorias como EconoCiva, SuperCiva e ExcluCiva (mais premium, com assento cama). Tem forte presença na costa norte e sul.
Oltursa, que liga várias cidades do país e costuma investir em conforto e segurança nas rotas de longa distância.
Essas empresas podem ser ótimas opções principalmente na costa norte (Lima–Trujillo–Chiclayo–Piura–Máncora) e também em algumas rotas longas do sul, desde que você escolha os serviços de nível intermediário para cima.
5.5. Que empresas evitar?
A regra de ouro é:
Não suba em um ônibus que você não consegue encontrar facilmente no Google com reviews recentes.
Evite:
Empresas sem site oficial ou redes sociais minimamente estruturadas.
Ônibus que ficam chamando passageiros na rua, fora do terminal, com preços “imperdíveis”.
Companhias com nota muito baixa e muitos relatos de atrasos extremas, furtos a bordo ou zero controle de segurança.
Em estradas de montanha, acidentes e problemas são bem mais comuns com empresas baratas e pouco fiscalizadas. Não é o tipo de economia que vale a pena.
6. Tipos de serviço nos ônibus peruanos
Na hora de comprar a passagem, você vai ver termos como “económico”, “semi-cama”, “cama”, “VIP”, “180°”. Eles variam um pouco de empresa para empresa, mas normalmente:
Econômico / padrão:
Poltrona comum, com pouca reclinação.
Funciona para trajetos curtos (4–6 horas), mas é sofrido em viagens noturnas.
Semi-cama (em torno de 140°–160° de reclinação):
Poltrona mais larga, com apoio de pés e inclinação maior.
Boa opção para trajetos médios (8–12 horas).
Cama / 180° / VIP:
Poltrona que reclina bastante, às vezes quase na horizontal.
Geralmente no andar de baixo do ônibus.
Ideal para viagens longas como Lima–Arequipa, Lima–Máncora ou Lima–Cusco.
Na sua experiência, os ônibus bons, com assentos super reclináveis, Wi-Fi e comida incluída, mudam completamente a viagem: você realmente consegue dormir, assistir um filme, comer algo decente e chegar inteiro ao destino.
👉 Para trajetos de mais de 15 horas, vale muito a pena pagar a diferença por um assento cama ou VIP.
7. Segurança: como viajar de ônibus pelo Peru com mais tranquilidade
Milhões de pessoas usam ônibus no Peru todo ano sem problema, mas é importante ser realista: em algumas rotas há mais acidentes e furtos em empresas baratas e informais, especialmente em trechos de serra e viagens noturnas.
7.1. Antes de comprar a passagem
Verifique reviews recentes em Google Maps, plataformas de venda de passagens ou fóruns de viagem.
Sempre que puder, compre direto no site oficial da empresa (Cruz del Sur, Civa, Oltursa, Peru Hop…) ou em plataformas confiáveis.
Compare os tipos de serviço – às vezes, pagando só um pouco a mais, você sobe de econômico para semi-cama ou cama.
Em rotas de serra (Cusco, Puno, Cajamarca, Chachapoyas), considere viajar de dia se você não gosta de estrada de montanha à noite.
7.2. Na rodoviária
Chegue com antecedência – os terminais podem ser bem caóticos.
Não aceite ajuda de “intermediários” para comprar passagem ou carregar sua mochila.
Mantenha a mochila pequena sempre com você; a grande vai no bagageiro, com etiqueta numerada.
7.3. Dentro do ônibus
Use sempre o cinto de segurança. As empresas mais sérias insistem nisso e têm cinto em todos os assentos.
Não deixe objetos de valor no bagageiro de mão ou à vista. Leve passaporte, dinheiro e eletrônicos numa doleira ou bolsa transversal junto ao corpo, mesmo enquanto dorme.
Em ônibus noturnos, se possível escolha assentos no andar de baixo, que costumam ser mais estáveis e silenciosos.
Leve um casaco ou manta leve – o ar-condicionado costuma ser forte.
Se você sofre com altitude, converse com um médico antes da viagem e leve medicação indicada para trechos como Arequipa–Puno ou Cusco–Puno.
8. Como sobreviver a mais de 20 horas de ônibus
Uma viagem de 20 horas assusta, mas com um pouco de planejamento ela pode virar até uma parte legal do roteiro.
8.1. Monte o seu “kit ônibus”
Roupas confortáveis e em camadas (moletom, calça leve, meia quentinha).
Travesseiro de pescoço ou inflável.
Tampões de ouvido e máscara de olho para dormir melhor.
Snacks próprios: castanhas, barras de cereal, biscoitos, frutas.
Garrafa reutilizável para encher antes de embarcar.
Playlists, podcasts, séries e livros baixados para usar offline.
8.2. Escolha bem o horário de chegada
Se você tem passeio ou reunião de trabalho remoto bem cedo, evite chegar de madrugada depois de uma noite mal dormida no ônibus. Melhor chegar de manhã, fazer check-in no hostel e descansar.
Evite emendar dois ônibus noturnos seguidos. Coloque pelo menos uma noite em cama de verdade entre uma viagem longa e outra.
8.3. Escute o seu corpo
Beba água, mas não a ponto de ter que ir ao banheiro toda hora.
Aproveite cada parada mais longa para levantar, andar e alongar as pernas.
Se você costuma enjoar, leve remédio e evite ler ou mexer muito no celular nos trechos mais sinuosos.
9. Que roteiro de ônibus faz mais sentido para mochileiros?
Depende do seu tempo e do seu estilo de viagem, mas aqui vão duas ideias clássicas.
9.1. Rota clássica pelo sul (3–4 semanas)
Lima (2–3 noites) – Miraflores, Barranco, centro histórico.
Huacachina/Ica (1–2 noites) – oásis, sandboard, buggies.
Nazca (1 noite) – sobrevoo ou miradores das linhas de Nazca.
Arequipa (3–4 noites) – cidade branca, Cañón del Colca.
Puno (2–3 noites) – lago Titicaca e ilhas.
Cusco (5–7 noites) – base para Machu Picchu e Vale Sagrado.
Você pode fazer quase todo esse roteiro com o Peru Hop, se quiser logística mais simples e um ambiente social, ou combinar ônibus de Cruz del Sur, Civa, Oltursa e outras empresas formais para ter mais liberdade de datas.
9.2. Rota norte + centro (2–3 semanas)
Lima (2–3 noites).
Huaraz (4–5 noites) – trekking, lagunas de montanha.
Trujillo (2 noites) – Chan Chan, praia de Huanchaco.
Chiclayo (2 noites) – museus como o do Senhor de Sipán.
Cajamarca ou Chachapoyas (4–5 noites) – Kuelap, Gocta, banhos termais.
Máncora (3–4 noites) – praia e festa para fechar o roteiro.
Nesse circuito, empresas grandes como Civa e Oltursa cobrem boa parte dos trechos ao longo da costa, e você consegue montar o roteiro combinando diferentes horários e tipos de serviço.
10. Combinando ônibus de longa distância com hostels sociais
No fim das contas, uma boa viagem de ônibus não é só sobre o transporte em si – é sobre como isso se encaixa com o resto da experiência mochileira: conhecer gente, sair de vez em quando e ter um lugar confortável para descansar depois de 15 horas de estrada.
É aí que entram os hostels bem localizados e com clima social. Os hostels Pariwana, por exemplo, nasceram exatamente com essa ideia: unidades centrais em Lima e Cusco, áreas comuns animadas, atividades diárias e aquele ambiente em que é quase impossível não fazer amigos.
Se você combina:
Boas empresas de ônibus (Peru Hop, Bolivia Hop, Cruz del Sur, Civa, Oltursa e outras companhias formais e bem avaliadas).
Planejamento realista (lembrando que muitos trechos passam fácil das 20 horas).
Hostels confortáveis e sociais, onde dá para chegar, tomar um banho, dormir bem e contar as histórias da estrada…
…a viagem de ônibus pelo Peru deixa de ser uma maratona cansativa e vira um dos pontos altos da sua aventura. Você vai lembrar do amanhecer no deserto visto da janela, das conversas com os locais, dos snacks improvisados e da sensação de finalmente chegar em Cusco depois de cruzar meio país sobre rodas.
11. Resumo para planejar suas viagens de ônibus pelo Peru
O Peru é grande: trechos como Lima–Cusco, Lima–Máncora ou Lima–Chachapoyas podem levar de 18 a 24 horas.
Use os tempos deste guia como base, sempre deixando margem para atrasos.
Priorize empresas formais, bem avaliadas e com muitos reviews recentes: Peru Hop, Bolivia Hop, Cruz del Sur, Civa, Oltursa e outras confiáveis.
Em rotas de serra e viagens noturnas, um serviço melhor significa mais segurança e conforto.
Para distâncias longas, prefira assentos semi-cama ou cama – seu corpo agradece.
Cuide dos seus pertences, use o cinto e fuja de empresas desconhecidas, por mais baratas que pareçam.
Combine trajetos longos de ônibus com dias de descanso e hostels legais, e a estrada vai virar uma das partes mais memoráveis do seu mochilão pelo Peru.
Porque sim: viajar de ônibus pelo Peru é intenso – mas, com planejamento, é também uma experiência épica.
✍️ Redação Pariwana
Dicas práticas escritas por mochileiros, para mochileiros.

Guia prático para se conectar em hostels: atividades, walking tours e etiqueta no dormitório.


